quinta-feira, 30 de junho de 2016

Segovia


Antes do Leo nascer, tive um sonho onde sobrevoava uma cidade antiga, linda, casas construídas com pedras, uma paisagem de vegetação amarelada com uma igreja no meio e estradas sinuosas. Era como se eu conhecesse intimamente aquela cidade, porém não sabia qual era. Nesta vida, de fato, e naquele momento, ainda não a conhecia fisicamente.

Quando fui encontrar o Carlos em Madrid, eu já conhecia a Espanha, mas não Segovia e ele me levou até a cidade onde nasceu. Foi um passeio maravilhoso, um frio lascado, pois era inverno, e nós, brasileiros, sentimos mais ainda por não estarmos acostumados as temperaturas um pouco mais baixas.

Paramos o carro na parte baixa da cidade, e fomos subindo a pé, curtindo aquele solzinho de inverno que nos aquecia o corpo e a alma. As sensações eram maravilhosas pois estava com a pessoa pela qual havia viajado mais de 8000 Km, num local romântico e muita história já vivida e a ser vivida.


Eu estava já extasiada com a cidade, e então, me deparo com o famoso Acueducto de Segovia. Impressionante!!!! Alto, forte, imponente e majestoso como o meu segoviano.

Nos dirigimos ao Candido, um restaurante famoso e tradicional no mundo gastronômico, que faz um magnífico cochinillo, cortado com um prato de tão macio, mas apenas para ser apresentada ao Chef pois era cedo demais para a “comida”. O Carlos já é mais conhecido que eu por aqui, imaginem lá.






Continuamos nossa caminhada pela Calle Real com várias paradas para fotos porque, eu, eu estava, nem sei qual adjetivo mais usar, louca com tanto tudo.

Passamos pela Calle Mayor disfrutando e apreciando cada momento, cada detalhe, cada minuto e, um pouco antes de chegar no Alcazar, paramos num mirante e aí foi a grande surpresa. 




A vista do mirante era igual a cidade que eu havia sonhado anos atrás. EXATAMENTE IGUAL. IMPRESSIONANTE.

Comentei com o Carlos e ele sorriu, achou divertido, ele não é muito ligado, como eu, a essas coisas de vidas passadas, sonhos e carmas. Um dia farei um post sobre meus sonhos, os sonhos sempre foram especiais na minha vida.

Estava admirando a paisagem, entretida em meus próprios pensamentos e louca para entrar no Alcazar, estava localizada a poucos passos dele, quando o telefone toca. Era a Myrian, irmã do Carlos, minha cunhada querida, que estava prestes a conhecer. 



Nunca me esquecerei de como fiquei naquela hora. Ela começou a dizer que estávamos atrasados para o almoço que havia preparado para mim e todos já haviam chegado. 


Eu tentei negociar com o Carlos um “atrasinho” para não deixar de entrar no castelo mas foi impossível, depois descobri o por que. Essa minha cunhada é adorável, doce e um furacão ao mesmo tempo, um Vesúvio espanhol.

Fui feliz conhecê-la mas nem preciso dizer que quando voltei a Segovia, com o Leo bem junto de mim, qual foi o primeiro lugar a ser visitado, não é mesmo? Até hoje brinco com ela contando a minha frustração de não ter entrado no Alcazar naquele momento.

Seguimos para um restaurante chamado El Rancho de la Aldegüela e conheci a Myri, o Rafa, que ainda era namorado dela na época, e vários casais de amigos deles. Foi uma comida agradabilíssima.

Tentem imaginar a cena: eu, apaixonada e brasileira, com o Carlos, por incrível que pareça estava tímido, creio que por minha presença, no meio de mais oito pessoas espanholas, discretíssimas como todo bom espanhol, falando sobre a sensualidade da mulher brasileira.

Na época pensei que estavam se matando na mesa, agora, começo entender um pouco sobre a forma de ser do meu marido e seus conterrâneos. Era apenas um bate-papo entre amigos num almoço de final de semana.



Quase morri de vergonha mesmo, mas foi inesquecível. E o Carlos ainda conta do fora que dei num restaurante, na noite anterior, pedindo sopa de polla. Pollo, para quem não sabe, é frango em espanhol, e eu imaginei que o feminino seria polla, ai meu Deus, polla é pinto, órgão sexual masculino....Foi inesquecível mesmo !!!!! Sem comentários.

Na época eu falar espanhol muito bem, o gringonês. Modéstia a parte, hoje eu falo melhor espanhol que ele português, ele nunca concorda com isso. Mas aqui em casa sempre rola uma disputa sobre idiomas e ele teima que fala inglês melhor que eu. Na verdade, ele tem a língua solta e uma personalidade marcante que para se relacionar com as pessoas fala até mandarim. E eu sou travadona.

Na noite seguinte, conheci minha sogra. Ela estava, acho que na Suíça, não lembro muito bem, então demorou um pouco para poder encontrá-la. Estava nervosa, afinal ia ver a “sogra” e elas não tem uma fama muito boa.


Nos demos muito bem e contei que fiquei impressionada com a vista do mirante em Segovia, inclusive com a Igreja românica de Vera Cruz.










Anos depois, em uma de suas visitas a nossa casa, fui presenteada com uma pintura feita por ela, nada mais nada menos que a cena do meu sonho. Fica na minha sala de estar, em destaque e intocável.






E sempre que vou a Espanha tenho que passar por Segovia, sempre. Afinal faz parte da minha vida, dos meus sonhos, e eu nem sei desde quando.

domingo, 19 de junho de 2016

Cidades Sedes e os Jogos Olímpicos


A República Bananeira



Escutando que foi decretado estado de calamidade no Rio e as polêmicas que giram ao redor deste assunto, pensei em escrever sobre as cidades sede dos Jogos Olímpicos.

Acho ótimo o esporte na vida das pessoas, admiro alguns dos profissionais desta área tão difícil no Brasil, exceto alguns “astros” do futebol que não tem noção da influência que tem na vida das crianças. É muita grana rolando nesta máfia que, com certeza, daria outro post.

Mas meu questionamento agora é sobre as Olimpíadas. Quais os resultados dela nas cidades sede? Que premissas e ou critérios deveriam existir para que elas acontecessem? Apenas ser uma sede? O planejamento deveria ser inteligente, com olhos ao futuro e não pontual deixando um rombo na economia.

Atlanta se deu muito bem por não ter que pagar débitos, não foi para o buraco como, por exemplo, Montreal em 1976, que ficou pagando a conta até poucos anos atrás.

Barcelona é uma cidade com grandes museus, pintxos de dar água na boca, muitas atrações turísticas mesmo. Deixando para trás muitas cidades europeias, como Madri, Londres e Paris. Nas Olimpíadas de 1992, pôde mostrar isso ao mundo, se tornando o quarto destino turístico da Europa.

Em Londres, nos jogos de 2012, o leste da cidade foi a região que mais se desenvolveu, principalmente a área de Stratford. A antiga região industrial teve dois milhões de toneladas de terras descontaminadas e milhares de árvores plantadas.

Logo após os Jogos, com a inauguração de parques públicos, o número de cidadãos que praticavam esportes toda semana aumentou em 1,4 milhão. Por outro lado, no último ano, o número de pessoas que não praticam nenhum esporte subiu em 1,2 milhão, e 391 mil pararam de praticar natação, devido ao aumento no preço do ingresso nas piscinas públicas – o que põe em questão o legado "inspirador" prometido durante os Jogos e aclamado por alguns três anos depois.

O Parque Olímpico Rainha Elizabeth, que engloba o velódromo Lee Valley VeloPark e o Centro Aquático de Londres, é considerado por alguns um "elefante branco". Além disso, o fato de se ter gasto cerca de 13 bilhões de dólares do dinheiro público na construção do parque ainda inflama discussões na sociedade até hoje.

Os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008 anunciaram uma "nova China", moderna e tecnológica. Cinco novas linhas de metrô foram inauguradas em Pequim, e uma lei que reduzia a circulação de carros pela metade acabou promulgada. Nos anos seguintes, no entanto, o crescimento da cidade agravou os congestionamentos já existentes, enquanto problemas sociais e de poluição continuaram estagnados.

Projetado pelos arquitetos Herzog e de Meuron, o Estádio Nacional de Pequim, mais conhecido como Ninho de Pássaro, custou cerca de 430 milhões de dólares. Hoje, sedia de dois a três jogos por ano. Já o Centro Aquático Nacional de Pequim, conhecido como Cubo d'Água, custou 550 milhões de dólares e só é lembrado devido ao parque aquático construído em seu interior.

Estima-se que serão necessários cerca de 30 anos para que todos os gastos do evento – aproximadamente 32 bilhões de dólares, o orçamento mais caro da história dos Jogos Olímpicos – se paguem. Em 2022, a capital chinesa sediará os Jogos Olímpicos de Inverno.

A segunda edição dos Jogos modernos na Grécia, em Atenas, contou com grandes investimentos em infraestrutura urbana. Novas estradas, ampliação do transporte público, obras urbanísticas e um novo aeroporto foram alguns dos projetos que saíram do papel.

A maior aposta do comitê, porém, foi a construção do Complexo Olímpico Helliniko, com cinco estádios. Onze anos depois, o local acumula "elefantes brancos", como o ginásio de tênis de mesa e ginástica, que está à venda, e os estádios de volleyball de praia e softball, abandonados. O plano de transformar Helliniko em um parque metropolitano nunca foi efetivado.

Segundo o governo grego, os Jogos custaram 8,5 bilhões de euros aos cofres públicos – o dobro do orçamento original. Por outro lado, a indústria do turismo cresceu consideravelmente desde então. Em 2014, 24,2 milhões de turistas visitaram o país, mais que o dobro dos 11,7 milhões registrados em 2004.

A primeira Olimpíada do novo milênio colocou a metrópole australiana definitivamente na rota dos grandes eventos esportivos internacionais. O legado possibilitou à Austrália sediar outros eventos, como a Copa do Mundo de Rugby, em 2008, e o World Masters Game, em 2009.

Hoje, o Estádio Olímpico recebe cerca de 45 eventos por ano. Só em 2011, a vila olímpica local sediou 6 mil eventos e recebeu 12 milhões de pessoas. Depois dos Jogos de 2000, o parque esportivo se tornou um bairro residencial e comercial, com um fluxo de 12 mil pessoas, o que acabou por revitalizar um subúrbio de Sydney. O plano, contudo, só saiu do papel em 2005.

Foi também a primeira Olimpíada que contou com um plano de sustentabilidade efetivo, levando em conta o impacto ambiental. O legado trouxe o maior parque metropolitano da Austrália, com 430 hectares, e estabeleceu o primeiro sistema de reciclagem de água no país.

Financeiramente, porém, a história foi diferente. Segundo dados da Universidade de Melbourne, os Jogos de 2000 deixaram os cofres australianos com um rombo líquido de 2,1 bilhões de dólares.

E no Rio 2016?

Será que deveríamos ter sido palco de uma Copa e dos Jogos Olímpicos? Com nossa educação e saúde, nosso estado caótico de sobrevivência, com nossa economia falida, com gente sem moradia... Quais as nossas prioridades de investimento? Afinal a grana do governo é nossa, pessoal, vem da arrecadação de impostos. É nosso dinheiro sendo utilizado. Não vou detalhar aqui, os resultados da Copa, mas posso fazer um levantamento e comprovar que os estádios criados e reformados, não conseguem fechar as contas. O investimento foi alto demais. PONTO FINAL, sem vírgula.

Estocolmo, na Suécia, decidiu acabar de vez com a possibilidade de ser sede nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Os argumentos? A cidade tem prioridades mais importantes, a conta para organizar os jogos seria alta demais e um eventual prejuízo teria que ser coberto com dinheiro público. “Não posso recomendar à Assembleia Municipal que dê prioridades a realização de um evento olímpico, se temos outras necessidades na cidade, como por exemplo, a construção de mais moradias”, declarou o prefeito. Bato palmas para esse cara !!!!


Deveríamos ter como inspiração as atitudes suecas e nos basear em modelos de sucesso e aplicá-los por aqui. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Crema catalana


A primeira crema catalana que comi foi em Barcelona. Divina, maravilhosa e o som daquela casquinha de açúcar de quebrando é sensacional. Encher a colher com esta iguaria me faz suspirar.
Entre as controvérsias e disputas de quem plagiou quem, eu degustei primeiro o creme brûlée e sempre gostei, mas tenho que admitir que prefiro a crema catalana. Afinal não é a toa que tenho um catering e serviço de chef em casa de comida espanhola, o La Fiesta.
Gosto da tradicional, sem essa de desconstruir ou modificar um “postre” tão gostoso em sua forma original. É como alterar aquele bolo da avó, que aprendeu com a bisa e já é perfeito assim. A minha, por sinal, é muito gostosa.
Crema catalana, creme brûlée ou Trinity cream : uma disputa entre catalães, franceses e ingleses
Disputas nacionais à parte, a sobremesa conhecida como crema catalana, crema quemada ou crema de San Jose é uma das mais tradicionais da culinária catalã. Até algum tempo atrás, era a sobremesa típica do dia de São José, 19 de março, quando se comemora o dia dos pais na Espanha, fato que justifica um dos nomes pela qual também é conhecida.
Considerada uma das sobremesas mais antigas na Europa, as primeiras citações aparecem em receituários medievais, como o Libro de Siendo Soví,1324, ou o Libre del Coch,1520.
Existe também a disputa entre França e Inglaterra, que tem diferentes versões para a crema catalana. A versão inglesa aparece por primeira vez no Trinity College de Cambridge, em 1879, trazendo um brasão de armas gravado na cobertura de caramelo que recobre o creme.
No caso francês, a primeira referência escrita se dá em 1691, no livro de culinária Nouveau cuisinier royal et bourgeois, de François Massialot.

A grande diferença
A diferença mais marcante entre o crème brûlée e a crema catalana se dá pelos condimentos de cada uma delas. Enquanto o crème brûlée leva baunilha, a crema catalana leva rama de canela e raspa de limão.
A base de ambas é feita com leite, gemas, açúcar e amido. O toque especial fica por conta da cobertura crocante de caramelo, feita com açúcar cristal queimado com maçarico culinário. Ai está o motivo de outra de suas denominações: crema quemada.
Também existe uma lenda em torno de sua origem e de outro nome atribuído à sobremesa. A lenda fala sobre a visita de um bispo a um convento de freiras, famosas pelo preparo de um delicioso flã. Como não teve tempo suficiente de terminá-lo para servi-lo ao bispo, uma das freiras acabou improvisando. Utilizou um pouco de amido para dar mais consistência ao flã, que ainda não estava no ponto, acrescentou um pouco de canela e casca de limão, para dar um sabor especial, além de colocar a cobertura de açúcar caramelizado. O detalhe é que o flã se come frio e o creme foi servido quente. Na pressa de provar a iguaria, o bispo tomou uma colherada da sobremesa ainda quente. E então exclamou: “¡crema!”, que significa queima em catalão.

Entre disputas e lendas, o melhor que se pode fazer é provar uma deliciosa crema catalana.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

A idéia surgiu assim: arquitetando

 Liguei para Lúcia, a segunda mãe do Léo, que trabalha com publicidade, para pedir um help de como poderia apresentar algumas imagens do meu trabalho de arquiteta, sem ser de forma chata e cansativa lotando o whatsapp das pessoas de imagens. Eu, particularmente, acho um saco quando te enviam 20 fotos e lotam a memória do seu celular querendo te vender algo. Nesse brainstorming, via celular, surgiu o blog.

O mais interessante dessa história toda é que o post sobre meu trabalho de interiores surgiu somente agora. Eu não consigo fazer as coisas forçada, obrigada e só hoje me deu vontade de falar sobre isso.

Apresentarei pouco a pouco pois tenho muita coisa por aqui.



A premissa para este quarto de um menino de 8 anos era que tivesse uma cama de casal, espaço para brincar no chão com o Lego, local para armazenar brinquedos e jogar videogame. Estudar seria em outro local da casa então não foi necessário planejar um espaço específico para esta atividade.



Há um outro projeto, de uma varanda, que deveria ter espaço para conversas, e exibir a paixão por orquídeas da proprietária. Numa viagem a Madrid, visitei a Caixa Forum, onde busquei inspiração, para expor verticalmente as tão estimadas plantas.

Tem outros temas interessantes que vou falar por aqui sobre minha paixão, esse universo imenso da arte. Organizarei meus pensamentos e idéias para o próximo post que só Deus sabe o que vai sair.


terça-feira, 14 de junho de 2016

Nem sempre o dia é colorido

Hoje acordei pilhada, cheia de energia, mesmo fazendo um enorme frio, ia dizer do cacete mas quis ser educada. O dia prometia ser super produtivo, e estava com milhares de planos na cabeça e queria realizá-los. Mas de uma hora para outra, sem procurar, aqui no meu canto, tudo mudou.

Um comentário no whatsapp no grupo das mães da escola do Léo me trouxe a tona a dor e os tormentos já vividos. Estou trabalhando isso agora e me acalmando escrevendo para vocês, mas a crise me pegou em cheio. Essas crises são pontuais mas quando vem, são muito fortes. Minha psicóloga disse que é normal isso acontecer então não tenham medo kkkk.

Pra começar o enredo vou situá-los.

Ano passado meu excelentíssimo marido, acreditando que ainda tem seus gloriosos 22 anos, volta do treino de basquete com os ligamentos rompidos do joelho direito. Bom, passado todo susto marcamos sua cirurgia para fevereiro deste ano, após nossa viagem programada e tão esperada.

Sua mãe veio da Espanha para me ajudar e tudo mais. Estávamos nós duas então, sentadas numa sala do hospital, aguardando o Carlos sair do Centro Cirúrgico, quando toca meu celular. Isso deveria ser umas 17:00. Minha mãe, coitados da minha mãe e do meu pai, dizia " não se preocupe mas o Léo está indo para o hospital com seu pai pois ele se machucou no judô". Claro, ela não queria me deixar mais nervosa do que eu já estava, e eles passaram maus bocados com tudo isso (o Léo é neto único). Nenhuma ligação da escola para me avisar do que havia acontecido com o Léo. Não me importa que aconteceu no final da aula, perto do horário, da saída, eu DEVERIA ter sido notificada.

O Léo chega, meu Deus, como foi difícil e ainda é lembrar isso, verde de dor sem conseguir se mexer. Foi retirado do carro por um bombeiro do nosso condomínio que acompanhou ele e meu pai até o hospital pois na escola, esta sem a mínima noção de primeiros socorros ou de atenção, o professor o carregou no colo até o carro dizendo que não era NADA mas seria bom passar no médico para dar uma olhadinha. Ah, futuramente o diretor me disse que o Léo não chorava por isso não achavam que era sério e chamar uma ambulância sempre que uma criança faz MANHA era demais...

POR DEUS se uma criança não consegue ficar de pé após um golpe de judô, se meu filho não é escandaloso, se ele não consegue andar, esse é o preparo que a instituição tem em socorrê-lo? Enfim...esse é o nosso querido Brasil, e numa escola particular.

Esse nada foi uma "simples" fratura de fêmur. Desesperada e tentando manter a calma diante do meu filho, pois o médico ao olhar a radiografia disse CIRURGIA. Não precisava ser da área da saúde para ver a gravidade da fratura ao olhar o raio-X.

Tenho que agradecer a esse médico ANJO tantos cuidados e carinho para que meu filho não sentisse mais dor do que já estava. Que delicadeza, esse sim, tem o dom da medicina na alma. Parabéns Dr. por tratar tão bem meu filho.

Eu nem vi o Carlos depois disso, minha amada e querida sogra, que não fala português, me achou no hospital e ficou com o Léo para eu poder fazer a internação. Foram 3 dias de angustia antes da cirurgia pois o meu corajoso baixinho ficou com 2 kg de peso na perna para tracionar, pois o osso estava "encavalado" e tinha que alinhar antes de operar.

Passada a cirurgia, penso eu : "Pronto, acabou!!! Agora vamos para casa, ufaaa."

Engano meu, aí começaram todos os desafios.  Claro, estava aliviada pois a cirurgia foi um sucesso mas vocês já pensaram como é sua casa para receber um cadeirante ? Aposto que ninguém compra uma casa avaliando isso, a não ser que a busque com este propósito.

E os medos de uma criança se movimentar após um trauma doloroso ? E enfiar duas cadeiras de rodas em casa, uma para tomar banho e ir ao banheiro e outra para sair, descer apenas 3 degraus com uma cadeira de rodas pois em minha casa a área íntima é interligada a social por uma escada. Ah e o acesso a minha casa que é feito por um jardim com uma pequena inclinação, tive que construir um acesso para cadeira de rodas... Esse pequenos detalhes com um cadeirante mudam totalmente sua rotina. E era médico e fisio toda hora. Tenho que agradecer também a equipe de bombeiros aqui do condomínio pois eles me ajudaram muito afinal o Carlos tinha sido operado e não podia.

Enfim agora que me acalmei, consigo lembrar das visitas dos amigos da escola aqui. Que alegria quando apareciam para preencher o tempo do Leo. Foram muitas demonstrações de carinho, cartas, mensagens de whats, visitas da família durante a semana...Isso nos alegrou muito. Obrigada a todos vocês que vieram nos ver!!!!

Tenho a cadeira da Alessandra Ventura até hoje em casa, que me emprestou para a segunda fase dos banhos do Leo e ainda não devolvi... kkk vou devolver um dia Ale kkk quem sabe kkk

Minha tia, Vânia, veio de São Paulo especialmente passar uma tarde conosco e minha ex sogra, a nona do Léo, trouxe vários mimos para ele também.

Meus pais e minha sogra nem digo nada. Foram tudo me ajudando de todas as formas com a casa e com o Carlos para que eu pudesse me dedicar integralmente ao Léo. O Carlos, mesmo em recuperação, sempre foi um paizão estimulando e incentivando o Léo da forma que podia e conseguia.

E como nossa família é grande, especial mesmo de tanto amor, o Claudio, pai do Léo, a Lúcia, segunda mãe do Léo e o Vittorio, irmãozinho do Léo, sempre presentes aqui conosco dando a maior força. A segunda cadeira de rodas que o Claudio trouxe de São Paulo foi a sensação kkk toda colorida.

E agora, nesse exato momento, tenho o meu coração repleto de gratidão. Tenho um filho maravilhoso, corajoso, forte e lindo pois superamos mais uma etapa. E tive muito suporte, muito amor de muita gente querida.

Obrigada Senhor !!!!



domingo, 12 de junho de 2016

A viagem surpreendente

Adoro viajar e de todas as formas possíveis. Lendo um livro, navegando pela internet, observando uma tela, uma foto, e até mesmo visitando uma nova cidade, sempre uma nova cultura a ser desvendada.

Estava olhando a imagem de fundo do blog e imaginei o que aquelas paredes já não presenciaram...
Cada quadro pregado na precisão imperfeita para agradar a dona daquele lar. Cada lasca na parede deveria ter um significado, uma lembrança do filho jogando bola e sujando-a com as marcas dos rebates, o empurrar desastrado de uma cadeira para colocá-la no seu devido lugar quando se está limpando a casa com pressa.

As marcas de copos na mesa de madeira feitas durante as refeições familiares ou na “sobremesa” com os amigos depois de um bom almoço de domingo. Imagino essa mesa de madeira nobre desgastada pela ação do tempo, com as aquelas veias a mostra, cheia de presença de vida vivida.

O cheiro do café fresco coado, mas coado com água que foi fervida numa chaleira azul de ferro e passado no coador em cima do bule. Não naquela máquina da Nespresso que temos e colocamos o sache escolhido entre o fraco, o forte ou aromatizado com seu lá o que. Minha imagem  até permitiria  aquela cafeteira italiana antiga onde colocávamos o pó de café e a água na parte de baixo...

Isso me lembrou minha avó materna agora, ela sempre fazia café com leite a tarde e nos servia juntamente com os bolos fresquinhos tirados do forno, ai aquele bolinho de chuva que só ela sabia fazer, e suas rabanadas, rocamboles recheados com as compotas de frutas que ela mesma preparava ... Não vou nem me atrever a dizer a delícia que era o seu bolo de nozes  ... Aaaaaai !!!! Quantas saudosas lembranças, não só das guloseimas, é claro, mas daquele carinho de avó que só quem teve sabe como é bom .

Volto agora para a minha sala,  integrada a cozinha deste espaço bucólico, com um sofá de couro preto desgastado de tanto que já foi usado, macio, muito macio, cheio de almofadas de veludo cinza chumbo, onde já se deu muitos amassos  no namorado aos domingos a tarde, sempre com a avó de rabo de olho nas mãos do rapazote kkkk.  Que delícia isso!!!

Também tem a imagem que vejo pela janela da cozinha, onde estou sentada a mesa tomando meu café, feito pela minha avó, e comendo tudo que sinto saudades do que só ela sabia fazer, um jardim pequeno num dia frio e com neblina, igual quando acordamos aqui em Mogi e vemos aquela névoa, repleto de vasos coloridos e de variados tamanhos com rosas cor de rosa, orquídeas brancas e violetas magentas. Nenhum igual, todos diferentes  mas com aquela harmonia de cores românticas.

Esquento minhas mãos na xícara de café e acendo um cigarro, olho para janela e vejo minha avó sorrindo entre as flores que ela tanto gostava, e digo que a amo e sinto sua falta. Ela me acena com um sorriso doce e se vai.


Volto para meu computador e retorno a minha realidade sentido a emoção aflorar, e permito então que as lágrimas rolem pelo meu rosto,  com a certeza de ter passado alguns segundos com ela agora. 

Beijos vó Tetê...

Rodapé: gostaria de compartilhar com vocês que eu mesma me surpreendi com o rumo tomado por este texto, simplesmente segui o vento e o cheiro das flores...







De onde vem LA PAELLA ?


É sem dúvida um dos pratos mais emblemáticos da gastronomia espanhola. Famosa no mundo todo não tem quem não sucumba diante de um bom prato desta delícia que encanta por suas cores, sabores e aromas.

Desde que o Carlos veio morar comigo comecei a conhecer mais de perto a cultura espanhola, “por supuesto”. E sempre existiam conversas polêmicas sobre como tratamos esta palavra aqui no Brasil
.
Assunto sem conhecimento, de minha parte, em saber se é o alimento em si ou a panela, o utensílio onde é preparada. Para dizer bem a verdade nem sabia que essa diferença existia.

Para mim PAELLA era PAELLA e ponto. Mas descobri muitos pontos, vírgulas e travessões nessas conversas e agora vou pesquisar um pouco sobre esse assunto.
História
A paella surge nas zonas rurais de Valência entre os séculos XV e XVI, por necessidade dos camponeses e pastores em preparar uma comida fácil com os ingredientes que tinham a mão, e claro sempre frescos. Essa questão do frescor e da qualidade dos ingredientes são primordiais até hoje para os espanhóis.
Não se sabe ao certo se a paella marinheira nasce ao mesmo tempo que a paella no campo, mas perto do mar, com certeza, existe uma variedade muito grande de ingredientes que permitiram o desenvolvimento desta saborosa alternativa.

Os ingredientes originais da paella eram as aves, os coelhos do campo ou as lebres, as verduras frescas que estavam ao alcance, o arroz, o açafrão e o azeite de oliva que se misturavam com água e cozinhavam lentamente com fogo feito com lenha da laranjeira, que ao mesmo tempo davam sabor e um aroma característico.
No Levante espanhol, contam uma história, que data da Guerra da Independência**, que se aproxima de um general francês, uma paella e uma mulher que a preparava. O general francês estava tão impressionado pela mencionada paella que fizeram um trato: para cada prato novo de arroz, o general libertaria um prisioneiro espanhol. A mulher colocou sua imaginação em ação e uma grande capacidade de improvisação e cada dia fazia uma paella diferente. Dizem que conseguiu libertar 176 prisioneiros.
*Levante: região localizada no Leste da Espanha
** para os que quiserem saber mais sobre o assunto da Guerra da Independência Espanhola segue site:
 http://www.historiasiglo20.org/HE/9a-2.htm
A palavra “paella”
Por trás de vários mitos e histórias, o mais conhecido é que a palavra paella deriva da antiga palavra francesa paelle, que no latim é patella (recipiente ou vasilhame).
Também acreditam que possa ter origem da palavra árabe “baqiyah, que significa resto de comida, as sobras. E com o passar dos anos a palavra sofreu uma metamorfose lingüística, e por isso BAQIYAH acabou se transformando em paella, já que em árabe as letras “I” tem um som semelhante ao “E”. É possível que seja uma palavra árabe porque o arroz foi levado a Espanha por los páramos no século VIII. Los páramos era como se conheciam os habitantes do norte da África.
Há uma outra teoria muito mais romântica. Dizem que há um conto em que um homem a preparou para sua namorada para conquistá-la. Em espanhol, “paella” pode ser uma derivação da frase “por ella” ou “para ella”. Mesmo que isto possa ser somente uma bonita história, há alguma verdade nesta teoria. Na Espanha, a cozinha é geralmente uma trabalho para mulheres ( acredito que isto vem mudando no mundo todo mas...).  Contudo, a paella é tradicionalmente coisa dos homens.
Não existe uma receita única
A paella é um desses pratos que admitem praticamente qualquer ingrediente, cada um utiliza o que mais gosta e nunca haverá uma igual a outra. Não existe uma receita que unifique a grande variedade de possibilidades deste prato.

Nós por aqui, no Brasil, não estamos acostumados a essa grande variedade. Na Espanha, o arroz se mistura livremente a outros ingredientes.

 O Arroz merece uma atenção especial, é usado um tipo específico, o bomba, que possui formato parecido ao italiano, mas com menor quantidade de amido. Eu  o  compro no Empório Santa Maria em São Paulo, mas somente utilizo no La Fiesta quando é solicitado pelo cliente. 


O açafrão, o pistilo da flor crocus-sativus, especiaria mais cara do mundo, e que é indispensável o seu uso, fornece não só a cor amarelo forte, mas um sabor intenso.



São muitos os que preferem as de pescados e mariscos e inclusive mistas, paellas secas, arroz caldoso, este prato permite qualquer combinação.

“Paella” sim, “paellera” não
Como se diz na Comunidade de Valência, porque “paellera” seria a mulher encarregada de fazê-la e não o recipiente onde se cozinha. Em Valência, a panela (sartén) se chama paella e daí vem o nome do prato mais famoso da cozinha espanhola. Embora a Real Academia Espanhola da Língua admita ambas opções.
Resumindo, a paella não é nada mais que uma PANELA, normalmente em aço polido com duas alças para suportar o peso dos ingredientes. Deve ter no mínimo 22 cm de diâmetro e não muito funda com as bordas de 5 a 10 cm dependendo do diâmetro.
Teoricamente cada paella está dimensionada para uma quantidade de arroz, embora as dimensões variem muito segundo o gosto ou a forma de elaborá-las de cada cozinheiro. Eu e o Carlos temos de vários tamanhos pois gostamos de prepará-la de acordo com o número de comensais.
Tradicionalmente a paella se comia, se come, no mesmo recipiente em que se cozinhava. Tudo isso para economizar trabalho.
Fazer esta pesquisa foi muito divertido principalmente na parte da palavra “baqiay”. Sem idéia do que significava, a princípio, escrevi no whatsapp para Renata Harati, mãe de uma amiguinha da escola do Leo, pois como é descendente de árabes, e casada com um que fala fluente, poderia me ajudar a entender... Obrigada, Rê !!!
Enfim, concluo este post compreendendo um pouco mais da cultura rica e maravilhosa do país de origem do meu amado. E tenho que dar o braço a torcer, a Paella é a panela. Depois de sete anos teimando com o Carlos, na verdade, já deveria ter feito essa pesquisa antes, então obrigada leitores do blog pois fiz isso para alimentá-los com um pouco de cultura.


sábado, 11 de junho de 2016

Love is in the air

Domingo Dia dos Namorados aqui no Brasil. Só esse tema já daria um post. kkk Valentine's Day...

Que delícia despertar ao lado do marido !!!! Dormir juntinhos nesse frio. Cena corriqueira, não é mesmo ?

Talvez o ser humano valorize as conquistas mais difíceis. Talvez por esse motivo adoro ficar com o Leo !!! Mas este post é do Carlos, do meu amor por ele.

Ontem a noite escutei Love is in the Air do John Paul Young e ai surgiu a idéia deste post. Em falar de amor, sonhos e conquistas para se obter o que realmente se almeja. Mas aquele querer de verdade, onde se busca forças sem saber de onde elas surgem.

Conheci o Carlos em 1990 nos EUA, na USF (University South of Florida) quando estudava por lá. A princípio o achava arrogante, o que muitas pessoas acham dele quando o conhecem superficialmente. Anyway, a conquista foi acontecendo e começamos a namorar.

Tivemos momentos incríveis e maravilhosos mas o meu tempo por lá chegou ao fim e voltei para o Brasil com inúmeras ilusões, promessas de amor e apaixonada.

Naquela época não tinha email, skype ou whatsapp kkkk era carta mesmo !!!! PASMEM 15 dias para chegar uma carta, imaginem para receber a resposta.

Com mais 8000 Km de distância entre nós, um Atlântico inteirinho nos separava, eu comecei a duvidar que algo pudesse se concretizar e as coisas começaram virar um turbilhão em minha cabeça e coração !!!




E ele apareceu no Brasil para me ver e eu fugi dele. MEDO. Muito MEDO. Tentem compreender que eu era uma menina ainda. Ele levou muito tempo para entender isso.

Volta, então, para Espanha um jovem com seus 22 anos desiludido e muito, mas muito mesmo, "emputecido", "encabronado" comigo e com tudo o que se relacionasse ao Brasil.

Passado uns 18 anos eu o encontro no Facebook. Começamos a nos corresponder e vou encontrá-lo em Madrid. Porque imaginem se ele voltaria aqui para me ver ? NUNQUINHA da Silva.

E assim, com um planejamento muito bem elaborado, depois de 4 meses, hahahaha, ele pega suas malas e vem morar comigo.

ASSIM SEM ANESTESIA.

É que esses 4 meses foram pura loucura !!!! Vocês não podem imaginar. Foram muitos sonhos, aquele querer de verdade que eu falei no começo do post. AMOR. PURO AMOR. E com toda coragem que a vida nos deu começamos nossa jornada juntos.

Nesse domingo, quero comemorar o simples fato de ter você, Carlos, ao meu lado.

Desejo todo amor e felicidade aos que querem estar juntos de verdade.

https://www.youtube.com/watch?v=NNC0kIzM1Fo




sexta-feira, 10 de junho de 2016

Euzinha

Bom, acho pertinente fazer uma introdução do que pretendo relatar e compartilhar por aqui. Nada mais nada menos que minha vida. Simples assim.

Sou arquiteta e trabalhava na indústria da construção civil gerenciando desenvolvimento produtos, acompanhando obras e outras mil funções pois temos que ser polivalentes. KKK adoro esse termo para traduzir escravo da empresa !!!

Também atuei muito tempo com projetos mas sempre com a agenda atolada e viajando muito. Não que eu não goste de viajar, eu amo!!!! Mas depois que o Léo, meu filho, hoje com 9 anos, nasceu as prioridades mudaram. E como.

Depois de 4 anos saindo as 5:00  e voltando as 21:00, pegando horas de estrada pois moro atualmente em Mogi das Cruzes e trabalhava em Itapevi, apenas 90 Km, mas que as vezes eu levava 3 horas para realizar o percurso. Eu surtei realmente.

Surtei  por não ver meu filho nunca, pelas incansáveis horas de avião, reuniões, pelos 20 kg a mais no meu corpo, pelo trânsito e o pior de tudo isso foi o dia que perdi a festa de dia das mães na escola.

Esse dia eu chorei. Chorei muito. Meu marido foi no meu lugar, o único homem no meio de todas aquelas mães presentes e sortudas. Ele filmou tudo e me enviou. E aí eu chorei mais. Senti mais ainda a falta de tudo que eu estava perdendo. Longe de casa, num frio terrível no Uruguay. Só lembro da minha tristeza. Dos momentos da vida do meu filho em que eu não estava vivenciando, curtindo junto dele, experimentando as emoções novas que a vida lhe proporcionava.

Esse foi o momento divisor de águas na minha vida.

Depois de um certo tempo, perguntei ao meu marido, na época gerente geral de marketing de uma construtora, se ele segurava as pontas, as cordas e as contas pois eu estava no limite e não queria mais essa vida de trabalho maluca.

Ele com muito amor me disse: "Saia já e seja feliz, curta o Leo, agente dá um jeito."

Então com um alivio muito grande pedi demissão e sai numa boa, até hoje converso com o diretor da empresa onde trabalhava. Abri o jogo para ele e disse que queria curtir meu filho.

Passei um bom tempo sem trabalhar, fazendo tudo que sempre sonhei. Levava o Léo para escola, coordenava as atividades domésticas. Organizava a casa, almoço com amigos, as viagens... Ai que delícia organizar viagem para lazer e com a minha família. Ia para São Paulo ver meus pais, o que antes era impossível.

Surgiu a oportunidade de gerenciar duas vezes por semana a restauração da Catedral da cidade onde moro. A obra era de uma grande amiga arquiteta que mora em São Paulo. Perfeito !!!!

Nesse momento tudo equilibrado. Grana, família, trabalho...

Até que chegou a crise no Brasil.

Tudo mudou de repente, então meu marido que é espanhol, farei um post a parte sobre ele, ou melhor como nos conhecemos, disse: " Que tal fazer o que sempre fazemos para os amigos mas ganhando uma grana ? "

Surge nesse momento o La Fiesta, comida espanhola a domicílio onde começamos a cozinhar e divulgar nosso negócio.

http://lafiestaemcasa.wix.com/lafiestaemcasa

Estamos nessa fase agora da vida mas como não sei ficar longe da "prancheta" vou partir para o ataque em Arquitetura de Interiores. Afinal vou construindo dia a dia os projetos da minha vida.

Neste espaço vou compartilhar um pouquinho de tudo com vocês. Da arte de projetar, de cozinhar, de  amar, de viver.

Amanhã tem mais.